quarta-feira, 24 de julho de 2013

Tudo sobre a Legião Urbana

Olá pessoal vejam abaixo tudo que sei sobre a legião urbana:

                                Legião  Urbana




Integrantes :Dado Vila-Lobos,Renato Russo,Marcelo Bonfá.

                         Resumo Biografia Renato Russo

Renato Russo (Meu ídolo) nasceu em 1960 no Rio de Janeiro viveu dois anos no EUA e quando foi para o brasil formou uma banda de punk chamada Aborto Elétrico.
Em 1983 criou a banda Legião Urbana que se tornou muito famosa e seus álbuns mais importantes são Legião Urbana 2 e As quatro estações.
No ano de 1993 Renato Russo partiu para a carreira solo.
Ele era assumidamente bissexual o que fez questão de tornar publico em sua música ´´Meninos e Meninas`` do álbum ´´As quatro estações``.
Renato morreu com apenas 36 anos de idade em decorrência de AIDS que descobriu que tinha em 1989.


                          Resumo Biografia Dado Vila-Lobos

Dado nasceu em 1965 na Bélgica,aos 12 anos começou a ou
vir Beatles,Bill Haley e outros.
Com 14 anos chegou em Brasilia e começou a ouvir punk.
Depois de seus pais se separarem começou a morar com seu irmão Luis Otavio e assim criou sua primeira banda ´´Dado e o reino animal``
que fez apenas um show mas se destacou por ser a primeira banda da turma a ter teclados.
Nessa época ele passou no vestibular de sociologia e pretendia terminar seus estudos na França e seguir a carreira de seu pai,porem ele foi convidado para participar da banda chamada Legião Urbana.Com já 18 anos em 1983  Dado entrou para a Legião Urbana.Ele se casou com Fernanda e teve dois filhos Nicolau e Miranda.
Em 1992 ele criou a loja chamada Rockit! com André Muller que antes vendia CDs,quadrinhos e (etc), e depois a loja passou a ser um selo independente onde Dado começou a produzir bandas.A Rockit! foi conhecida  como uma das pioneiras em revelar novos nomes de rock nacional.
Em 1996 a banda Legião Urbana acabou em função da morte de Renato Russo,Dado reuniu os amigos em uma sessão o que acabou em um álbum chamado ´´Combate rock:O encontro do rock``
E assim os verdadeiros fãs do Dado sabem o resto de sua biografia.


      

                             Resumo biografia Marcelo Bonfá:

Marcelo nasceu em 1965 em Itapira no interior de São de Paulo,passou a sua adolescência em Brasilia.
E influenciado pela banda Aborto Elétrico junto de Renato Russo e Dado Vila-Lobos entrou na banda Legião Urbana.
Em 1996 a banda Legião Urbana acabou por conta da morte de Renato Russo.
Hoje em dia seu grande interesse é na computação gráfica e planeja ainda fazer um álbum instrumental.


Vejam abaixo o filme da musica chamada faroeste caboclo:


Vejam abaixo o filme somos tão jovens:



Vejam abaixo a minha música favorita:

terça-feira, 23 de julho de 2013

Legião Urbana

Olá pessoal,vejam está homenagem que fiz para a Legião Urbana:


capa face book rock

Olá pessoal,vejam abaixo uma linda capa de face book:













Observação:Eu que fiz esta capa mas quem me ensinou foi a dona do site ofamosophotoscape.blogspot.com

detonautas!!!


Olá pessoal,vejam abaixo uma entrevista com o Jota Quest:






Olá pessoal olhem a entrevista do kid abelha depois do show no rock
in rio.


Olá pessoal olhem esta entrevista com roupa nova



Olá pessoal,vejam abaixo uma música super legal do Capital Inicial:



Olá pessoal vejam a entrevista dos engenheiros do hawaii



 

Olá pessoal vejam só o Nx Zero na band música:


Olá pessoal,vejam só o titãs no Jô Soares em 1990:


Olá pessoal,vejam só a Capital Inicial na MTV ao  vivo:


Olá pessoal,vejam só o detonautas no jô:




Olá pessoal,vejam se vocês já viram esta entrevista a anos atras:


Biografia da banda titãs

Olá pessoal  vejam a biografia da banda chamada Titãs:


·                       No fim dos anos 70, em plena ditadura militar, um colégio em São Paulo se tornou um dos poucos pontos de resistência cultural. No palco do Equipe se apresentavam artistas de peso da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Clementina de Jesus e Cartola. Com essa efervescência, foi natural que os jovens com interesses artísticos acabassem se aproximando e criando espaços próprios. O evento 'A Idade da Pedra Jovem', promovido por essa turma em 1981, marcou a estréia de Sérgio Britto, Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Marcelo Fromer, Nando Reis, Ciro Pessoa e Tony Bellotto num mesmo palco. Juntos, eles formavam o grupo Titãs do Iê-Iê, uma brincadeira para descontrair uma programaçãoapresentada por gente com mais experiência do que aqueles meninos. 

O que era para ser apenas diversão começou a ser encarado mais seriamente no ano seguinte. A estréia oficial dos Titãs do Iê-Iê, devidamente ensaiados e com repertório próprio, aconteceria no dia 15 de outubro de 1982, no Sesc Pompéia. A essa altura, Branco Mello já havia se integrado ao grupo e André Jung, assumido a bateria, instrumento que Nando Reis tocara na 'Idade da Pedra Jovem' por pura falta de opção. Com nove músicos no palco, entre eles seis vocalistas, a banda chamava a atenção. As canções eram criativas (misturavam influências que iam da MPB ao rock, passando pelo samba, reggae e new wave) e o visual, extravagante (com direito a roupas com cores fortes, maquiagens e penteados originais). 

Durante dois anos, os Titãs do Iê-Iê percorreram o circuito underground paulista, se apresentando em lugares tão ecléticos quanto o som que mostravam no palco. Não demorou muito para que a performance do noneto despertasse a atenção de uma gravadora. Mas antes da assinatura do contrato com a WEA, ocorreram duas mudanças: Ciro Pessoa se desligou da banda e o Iê-Iê (que sempre era confundido com Iê-Iê-Iê) foi descartado do nome do grupo. O primeiro álbum, 'Titãs', foi lançado em agosto de 1984 e trazia "Sonífera Ilha", um verdadeiro fenômeno radiofônico. Uma das músicas mais executadas naquele ano, a faixa levou os Titãs a fazerem sucesso em outros estados do Brasil, além de ter ajudado a banda a realizar um sonho antigo: aparecer na TV, em programas consagrados apresentados por Chacrinha, Bolinha e Raul Gil. 

O grupo começou 1985 com um novo baterista. Charles Gavin assumiu as baquetas no lugar de André Jung. Com a nova formação, os Titãs entraram em estúdio para gravar seu segundo LP. 'Televisão', produzido por Lulu Santos, chegou às lojas em junho daquele ano e emplacou os hits "Insensível" e "Televisão". Como aconteceu no primeiro disco, as vendas foram modestas, mas isso não seria a pior lembrança que a banda guardaria deste período. No dia 13 de novembro, Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos com heroína. Arnaldo passou 26 dias na prisão e ambos foram condenados. O cantor por tráfico (por ter passado heroína para o guitarrista), e Bellotto, por porte de droga. Sem antecedentes criminais e trabalho declarado, cumpriram a pena em liberdade. 

Os Titãs deram a volta por cima no disco seguinte. 'Cabeça Dinossauro', lançado em junho de 1986, foi um soco no estômago da hipocrisia com suas letras contundentes. O álbum, que marcava a estréia da parceria com o produtor Liminha, pela primeira vez traduzia no vinil a pegada que a banda tinha ao vivo. Os Titãs puderam sentir a força do LP já no show de estréia no Projeto SP, quando o público cantou todas as músicas, numa época em que as rádios ainda se recusavam a tocar o repertório ousado do disco. O álbum já tinha garantido o primeiro disco de ouro dos Titãs, quando as emissoras se renderam. Além de "Aa Uu", "O Quê", "Homem Primata", "Família" e "Polícia", algumas rádios se davam ao luxo de pagar multa para tocar "Bichos Escrotos", que tinha a radiodifusão proibida pela censura. 'Cabeça Dinossauro' bateu a marca das 300 mil cópias vendidas e caiu nas graças da crítica. O disco ficou no topo das principais listas dos melhores daquele ano e até hoje é apontado com um dos mais importantes da história do rock brasileiro. 

Em novembro de 1987, 'Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas' saía do forno superando todas as expectativas. De um lado do disco, a continuação do rock pesado do 'Cabeça', em músicas como "Lugar Nenhum", "Desordem" e "Nome Aos Bois". Do outro, mais inovação: o sampler, uma novidade naqueles tempos, dava um tom eletrônico a "Todo Mundo Quer Amor", "Comida" e "Corações e Mentes". A banda ousou novamente ao decidir fazer o show de lançamento do novo álbum em pleno Hollywood Rock de 1988. Valeu a pena correr o risco. A apresentação dos Titãs foi eleita pela crítica especializada a melhor de todo o festival, superando Simple Minds, UB40, The Pretenders, Simply Red e outros medalhões estrangeiros. 

Com o Brasil aos seus pés, o grupo partiu para a estréia internacional. Os Titãs foram os primeiros artistas do país a se apresentarem na Noite de Rock do badalado Festival de Jazz de Montreux. Do show, no dia 8 de julho de 1988, eles trouxeram o LP 'Go Back', o primeiro ao vivo da carreira da banda. De volta ao Brasil, a banda viveu uma fase áurea, com shows superlotados e o quinto álbum – que misturava canções dos primeiros LPs a sucessos do 'Cabeça' e do 'Jesus' – nas listas dos mais vendidos. "Marvin", originalmente gravada no primeiro disco, virou um sucesso avassalador nas rádios no fim de 88 e em todo o ano de 89. 

Em outubro de 1989, os Titãs lançaram seu disco mais sofisticado até então. 'Õ Blesq Blom' reunia a simplicidade dos repentistas Mauro e Quitéria, descobertos pelo grupo na Praia da Boa Viagem, à modernidade das parafernálias eletrônicas de estúdio. Foi da dupla nordestina que os Titãs tiraram o nome do LP que transformou em hits "Flores", "Miséria" e "O Pulso". Com o clipe de "Flores", a banda ganhou ainda um prêmio inédito no país: o MTV Video Music Awards, quando a emissora ainda não tinha sua filial brasileira. 

Depois de um disco tão elaborado, os Titãs começaram a sentir falta do bom e velho rock'n'roll. E o disco 'Tudo Ao Mesmo Tempo Agora', que chegou às lojas em setembro de 1991, serviu para matar essa saudade. A banda levou ao extremo a volta ao estilo roqueiro: alugou uma casa para as gravações e decidiu se auto-produzir, interrompendo a parceria com Liminha. Com músicas com letras polêmicas – algumas escatológicas – e guitarras distorcidas, o disco mudou a cara dos Titãs. "Será Que É Isso Que Eu Necessito?" garantiu para a banda mais um Video Music Awards da MTV, que tinha chegado ao Brasil em outubro de 1990. 

Os Titãs não abandonaram o rock pesado no trabalho seguinte. 'Titanomaquia', primeiro álbum da banda sem Arnaldo Antunes – que deixou o grupo para se dedicar à carreira solo –, teve como ingrediente a mais a produção de Jack Endino, responsável por discos da turma grunge, como Nirvana, Mudhoney e Tad. Jack foi importado de Seattle exclusivamente para ajudar os Titãs a darem um acabamento melhor ao som agressivo que queriam fazer naquela fase. O oitavo álbum da banda, lançado em julho de 1993, emplacou "Será Que É Isso Que Eu Necessito?" e "Nem Sempre Se Pode Ser Deus". 

No segundo semestre de 1994, ao fim da turnê de 'Titanomaquia', os Titãs decidiram pela primeira vez tirar um ano de férias para que cada um pudesse tocar seus projetos paralelos. Paulo Miklos e Nando Reis lançaram discos solos, Tony Bellotto escreveu seu primeiro livro, Marcelo Fromer produziu outros músicos e Charles Gavin passou um período em Londres fazendo curso de produção. Os Titãs, porém, não ficaram muito tempo longe um do outro. Nessa época eles fundaram, em parceria com a WEA, o selo Banguela, responsável pelo lançamento de bandas como Raimundos, Mundo Livre s/a e Maskavo Roots, entre outras. Sérgio Britto e Branco Mello, além de donos, viraram artistas do selo. Eles montaram, com a baterista Roberta Parisi, a banda Kleiderman e gravaram o CD 'Con el Mundo a Mis Pies'. 

A folga acabou em 95, com o lançamento do álbum 'Domingo'. O segundo trabalho do grupo com Jack Endino, veio bem mais pop do que os dois trabalhos anteriores e contou com participações especiais de Herbert Vianna, João Barone, Andreas Kisser e Igor Cavalera. 'Domingo' foi disco de ouro e emplacou nas rádios a faixa-título e "Eu Não Agüento", da Banda Tiroteio, a primeira canção gravada pelos Titãs que não foi composta por um dos músicos do grupo. 

Na comemoração dos 15 anos de carreira da banda, os Titãs lançaram mais um disco histórico. O 'Acústico MTV', gravado em março de 1997 no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, vendeu mais de 1,7 milhão de cópias, batendo todos os recordes do formato. Além de músicas antigas que ganharam arranjos novos, o CD trazia as inéditas "Os Cegos do Castelo", "Nem 5 Minutos Guardados", "A Melhor Forma" e "Não Vou Lutar". O 'Acústico' contou com participações especiais de Rita Lee ("Televisão"), Marisa Monte ("Flores"), Jimmy Cliff ("Querem Meu Sangue"), Fito Paez ("Go Back"),Marina Lima ("Cabeça Dinossauro") e Arnaldo Antunes ("O Pulso"). "Pra Dizer Adeus", originalmente gravada em "Televisão", se tornou um sucesso instantâneo e um das músicas mais executadas em rádio naquele ano. 

Depois de fazerem mais de 300 shows pelo Brasil acompanhados de orquestra, os Titãs decidiram repetir a dose no álbum seguinte. 'Volume 2', lançado em outubro de 1998, trazia mais músicas antigas com arranjos acústicos, mas também outras novidades. Além da música de trabalho "É Preciso Saber Viver", uma regravação de Roberto Carlos, o álbum tinha seis canções inéditas. O 'Volume Dois' não foi uma continuação do 'Acústico' apenas no estilo: o sucesso se repetiu, com mais de 600 mil copias vendidas. 

No ano seguinte, os Titãs decidiram homenagear alguns de seus artistas preferidos. Roberto Carlos, Ultraje a Rigor e Tim Maia, entre outros, foram lembrados no CD 'As Dez Mais'. A versão de "Pelados em Santos", dos Mamonas Assassinas, foi criticada por alguns, mas muito executada nas rádios. "Aluga-se", de Raul Seixas, não só fez sucesso, como foi incorporada ao repertório dos shows da banda. 

Em 2000, os Titãs fizeram uma nova parada para investir em suas carreiras solos. Nando Reis lançou o seu segundo disco, 'Para Quando o Arco-Íris Encontrar o Pote de Ouro', e gravou o álbum 'A Minha Cara'. Branco Mello encabeçou a banda S. Futurismo, com a qual se apresentou na Tenda Brasil do Rock in Rio 3. Nando Reis também se apresentou neste palco. No ano seguinte, foi a vez de Paulo Miklos preparar seu segundo CD, 'Vou Ser Feliz e Já Volto'. 

Em 2001, os Titãs sofrem um golpe duro. Em 11 de junho, um dia antes de a banda entrar em estúdio para gravar o 13o. álbum da carreira, o guitarrista Marcelo Fromer foi atropelado por uma moto em São Paulo e morreu dois dias depois. Gravar o disco passou a ser um desafio que os Titãs encararam em homenagem a Marcelo e à própria história do grupo que ele ajudou a fundar. 'A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana', o primeiro álbum só de inéditas depois de quatro anos, chegou às lojas em outubro em clima de grande expectativa. Com a veia rock'n'roll mais uma vez ativada, o grupo estreou em uma gravadora nova, a Abril Music. O CD conquistou crítica, público e transformou a canção "Epitáfio" num grande sucesso no rádio e na TV. 

Nos quase dois anos que durou a turnê de 'A melhor banda', os Titãs voltaram a mostrar que sua força estava na estrada: a banda fez um total de 180 shows, percorrendo cada canto do país. Justamente no meio da turnê, em setembro de 2002,Nando Reis resolveu deixar o grupo. Para o seu lugar, foi convocado para tocar nos shows e nas gravações Lee Marcucci, um dos melhores baixistas do Brasil, que já tinha acompanhado Rita Lee e outros craques da música brasileira. Lee se integraria ao grupo e a Emerson Villani, guitarrista que desde a morte de Fromer também participava das turnês e das gravações dos Titãs. 

Para completar 2002, em que a banda festejava seus 20 anos, entrou no ar o novo site da banda (titas.net), em que a marca registrada é a permanente interatividade entre os fãs e os cinco integrantes do grupo, e chegou às livrarias a biografia 'A vida até parece uma festa - Toda a história dos Titãs'. 

Em novembro de 2003, os Titãs lançam seu 14o. CD, 'Como estão vocês?', que traz de volta uma dobradinha que deu certo: Liminha assina a produção. Com um som bem rock`n roll, que consagrou o grupo, os Titãs emplacam de cara nas rádios "Eu Não Sou Um Bom Lugar" e tem "Enquanto Houver Sol" incluída na trilha sonora da novela 'Celebridade'. O fim do ano ainda traz um mimo: É lançado o songbook 'Titãs - Todas as canções', reunindo a obra completa da banda, cifradas e com fotos inéditas, numa obra luxuosa e inigualável no Brasil, coroando os 21 anos de carreira da banda. 


 . 




Olá pessoal vejam só que música linda:

Olá pessoal,vejam abaixo esta musica  legal:

Ola pessoal,vejam um pouco sobre está banda:



Se você acha o cantor Chorão um máximo por ser original, certamente ira  gostar bastante de Marcelo Nova e o Camisa de Vênus. Esse baiano tacou muito tijolo na vidraça, com seu som pesado, irreverente e é claro, boca suja. 


Biografia da banda Los Hermanos

Olá pessoal vejam abaixo a biografia da banda los hermanos:

Biogafia los hermanos
Uma das referências hoje no rock brasileiro, o Los Hermanos percorreu um caminho tortuoso até chegar ao reconhecimento merecido. Além de ser um raro exemplo de banda que surge independente e conquista o seu espaço em gravadora grande sem abrir mão das próprias convicções, o Los Hermanos precisou passar pela dura prova de superar a força de seu próprio hit. Catapultados para os quatro cantos do país com "Anna Júlia", o grupo teve de suar a camisa para mostrar que não era apenas uma sensação de verão.
A história do Los Hermanos começa pelos arredores da faculdade PUC do Rio de Janeiro. Marcelo Camelo - aspirante à jornalista e músico de fim de semana - cansou de entoar as próprias canções para si mesmo no quarto e começou a procurar mais pessoas para montar uma banda. Depois de participar de vários projetos - em sua maioria bandas instrumentais - Camelo conseguiu fechar um círculo de amigos para montar seu projeto e convidou o amigo do curso de Publicidade, Bruno Medina para integrar o grupo.
A formação embrionária do Los Hermanos então era formada por Marcelo Camelo, Rodrigo "Barba" na bateria, Bruno Medina nos teclados e o baixista Felipe, que largou a banda logo depois. Acompanhavam a banda ainda o trompetista Márcio e o saxofonista Carlos que compraram seus instrumentos com o intuito de tocar numa banda de jazz.
Depois de uma série de pequenos shows em bares e festas a formação da banda foi variando; por fim, foram adicionados à trupe o "curinga" Rodrigo Amarante (que se destaca por se arriscar em vários instrumentos diferentes) e o baixista Patrick. Após mais algumas apresentações, eles gravaram duas demos: Amor e Folia (de Janeiro de 98) e Chora (de Setembro de 98).
Desde o início a banda chamava a atenção pelo seu som característico, com arranjos não convencionais combinando o peso do hardcore com arranjos de metais carnavalescos e letras inspiradas em sambas de roda. Em determinado momento, o som da banda foi descrito como "polka hardcore". E provavelmente foi por esta sonoridade incomum que o organizador do festival Abril Pro Rock, Paulo André, resolveu chamar o Los Hermanos para integrar o cast de bandas do ano de 1998, após ter sido contatado pelo empresário/amigo do grupo (Alex) que deixou uma das fitas demos com ele.
Camelo e cia. logo perceberam que não podiam fazer feio nessa oportunidade de ouro para a banda. Voaram para o Recife, para participar do festival e dividir o palco com Marcelo D2, Arnaldo Antunes, Sepultura, entre outros. Após uma estranheza inicial provocada por aqueles cariocas de terno e gravata, o público pernambucano se deixou levar pela pegada enérgica de músicas como Descoberta", "Azedume" e "Pierrot" e os arranjos esquisitos da trupe. O show foi um sucesso; a banda foi a revelação do Abril Pro Rock e assinou um contrato com a Abril Music em 1999.
Ao gravar seu primeiro álbum, auto-intitulado (que quase foi batizado de "Azedume"), a banda fez algumas concessões as idéias da gravadora. Pelo fato de nunca terem estado num estúdio de grande porte, e talvez intimidado pelas possibilidades que poderiam explorar, o Los Hermanos gravou o disco sem utilizar equipamento próprio. O comando das sessões de estúdio ficou a cargo do então iniciante produtor Rafael Ramos (da banda Baba Cósmica e que na época apresentava o Quiz MTV ao lado de Adriane Galisteu). A gravadora exigiu também uma faixa radiofônica, e a banda gravou "Primavera" com esta intenção. Mas a Abril Music se interessou mais por uma composição nova de Marcelo Camelo, que por pouco não entraria no álbum: "Anna Júlia".
A banda no set do clip "Anna Júlia" A preferência da gravadora pela canção - que Marcelo Camelo escreveu sobre o amor não-correspondido do amigo Alex pela tal Anna Júlia - se mostrou nacional. Assim que foi lançada, a música foi arrebatando posições cada vez mais altas nas rádios cariocas, e depois pelo país inteiro. O circuito de shows da banda foi aumentando consideravelmente, chegando a fazer 23 shows em um mês e até dois shows por dia.
O "fenômeno Anna Júlia" atrapalhou a banda a repetir a dose com outra faixa de trabalho. Naquele que pode ter sido o maior erro do plano (?) de divulgação da Abril Music, "Primavera" é escolhida como o segundo single do álbum "Los Hermanos". A canção não fracassou comercialmente, ainda que obviamente não tenha repetido o sucesso da anterior. Mas o maior problema foi a exposição demasiada do lado pop da banda (que já vinha da super-exposição de "Anna Júlia), o que acabou afastando boa parte do público que seguia o Los Hermanos desde o começo.
"Primavera" ganhou um videoclip caprichado. Após gravar um vídeo medíocre para "Anna Júlia" (a própria banda se envergonha dele), o Los Hermanos decidiu segurar as rédeas da direção de arte do vídeo de "Primavera". Misturando vários conceitos falhos com a história do clip, com um resultado bem diferente dos videoclipes nacionais de então.
Percebendo que haviam se tornado "uma banda de uma música só", o Los Hermanos ainda lançou "Quem Sabe", juntamente com um vídeo mostrando cenas de shows da banda, mas a repercussão foi mínima. Terminada a exaustiva turnê de um disco que era subestimado pelo "fator Anna Júlia", o grupo se isolou em um sítio em Piraí, no Rio de Janeiro, para começar a pré-produção de um novo álbum para 2001. Com esse isolamento, os músicos puderam se reaproximar como amigos, superando o estresse sofrido durante a fatigante turnê. Mas logo no início do processo de composição, a banda percebeu que sua formação não estava de acordo com seus planos futuros. Assim sendo, o baixista Patrick Kaplan foi demitido, sendo substituído informalmente pelo amigo Kassin. Mais tarde, Patrick entrou para o Rodox, banda do vocalista Rodolfo, ex-Raimundos.
Após um mês e meio e todas as músicas arranjadas, a banda definiu que o produtor do novo disco seria Chico Neves. Enquanto as gravações seguiam um ritmo frenético de criação, a Abril Music se mostrava descontente com a escolha do produtor. Os trabalhos de gravação foram finalizados sem participação do selo, e o material final foi recusado pela Abril. Após uma demorada negociação com a gravadora que durou meses, o Los Hermanos concordou em remixar o disco com Marcelo Sussekind. Após esta medida conciliatória, o disco chegou às lojas, não muito diferente do trabalho original.
"Bloco do Eu Sozinho", o disco remoído por meses de isolamento e discussões com a gravadora, foi finalmente lançado em 2001, trazendo uma banda bem diferente daquela conhecida pela "Anna Júlia". Os arranjos peculiares pareciam acentuados com o uso expressivo de instrumentos de sopro. A euforia dos instrumentos, contrastada com a dor das letras de Camelo e Amarante deu lugar a temas mais adultos e bem mais construídos. A obsessão da banda pela temática do carnaval antigo, que se fazia presente desde a primeira demo, dava o tom do primeiro single, "Todo Carnaval Tem Seu Fim".
A primeira reação da mídia em geral foi de estranheza a mudança no som da banda, que resolveu seguir uma direção contrária e menos apelativa ao sucesso comercial de "Anna Júlia". A banda foi percebendo que o cerco ao seu redor fechava com a má repercussão que o novo disco rendeu nas primeiras semanas. Ainda que o álbum tenha recebido alguns elogios da crítica, o espaço na mídia era muito reduzido. A Abril pouco investiu em divulgação, o disco não tocou no rádio e a agenda de shows ficou mais escassa. Até porque a estrutura do novo show, com um naipe de metais, era mais cara. Para piorar, o público da banda na turnê anterior, que passava de duas mil pessoas, foi reduzido a menos de quinhentas cabeças - no máximo - por show.
Mas a banda perseverou e à medida que o grupo conseguia marcar mais shows para mostrar seu novo álbum (a esta altura, a gravadora estava realizando um trabalho praticamente nulo de divulgação), a situação foi se estabilizando. Aos poucos, o belo vídeo de "Todo Carnaval Tem Seu Fim" foi chamando a atenção de mais pessoas, até aquelas que antes renegavam o "fenômeno Anna Júlia". Estava se fortalecendo o novo conceito que o Los Hermanos abraçaria dali para frente; o de ser uma banda fiel a si mesma.
O show no Rock In Rio 3 - em uma das tendas montadas para apoiar os intervalos de atrações dos palcos principais - teve uma ótima repercussão entre os fãs, que se intensificavam a cada apresentação. O "Bloco do Eu Sozinho" não tocava nas rádios, mas o boca a boca entre os fãs e o site na internet catequizaram cada vez mais curiosos pela nova face da banda, mais ambiciosa, tanto liricamente quanto instrumentalmente.
A banda participou ainda do Luau MTV e figuraram no evento Ford Models fazendo a trilha incidental, intercalando músicas novas com improvisos. A partir dali, toda aparição do Los Hermanos era comentada entre os fãs de música, fossem admiradores da banda ou não. Foi o fenômeno do boca a boca que virou o jogo.
Cerca de dois anos de shows e alguns clipes ("Sentimental" e "Fingi Na Hora Rir") foram o bastante para firmar a posição da banda como artistas autênticos em seu trabalho. Com o final da turnê, o grupo iniciou as preparações para um novo álbum para 2003. Buscando o mesmo retiro de antes em outro sítio - desta vez em Petrópolis - o Los Hermanos deu início à pré-produção do sucessor de "Bloco do Eu Sozinho". Um programa para a MTV foi gravado, mostrando a rotina de ensaios da banda no sítio, em clima de total descontração.
Voltando do sítio, a banda sofre um baque: a tão controversa Abril Music faliu. Mesmo sem ter uma nova gravadora definida, o grupo resolveu dar seguimento à gravação do disco. Um certo tempo depois, a BMG Ariola foi anunciada como nova gravadora do Los Hermanos. Após três meses o novo álbum (temporariamente intitulado como Bonança) estava pronto e a ansiedade pelo novo trabalho do grupo era tanta que uma demo contendo as novas faixas vazou na Internet - coisa que aconteceu inicialmente com o álbum Elephant do White Stripes e o Hail to Thief do Radiohead. Era a primeira vez que acontecia algo do tipo com uma banda brasileira. A banda não ficou muito contente com a notícia, pois as gravações se tratavam de um ensaio sem compromissos, com arranjos inacabados e instrumentos desafinados. Mas de certa maneira, a repercussão destas gravações ajudou a aumentar o interesse pelo novo disco da banda.
Finalmente lançado no meio de 2003, Ventura superou as expectativas da crítica e dos fãs. Diferente de "Bloco do Eu Sozinho", desta vez o Los Hermanos teve todo o espaço merecido para divulgar suas novas composições a todo tipo de público, agregando cada vez mais fãs pelo país e fora dele - fizeram shows em Portugal e Espanha em Setembro daquele ano. O boca a boca em torno da banda se intensifcava e cada vez que o Los Hermanos retornava a alguma cidade encontrava um público maior e mais entusiasmado, cantando todas as músicas. Nas entrevistas, a banda adotou uma postura inteligente onde se desvinculava da segmentação. O Los Hermanos se declara uma banda aberta a quem quiser escutar, fugindo da imagem "indie" que se formava em torno deles, com todas as armadilhas que um rótulo costuma propor. Essa postura serena se reflete no som de Ventura, um caminho coerente traçado a partir do álbum anterior. Mesmo soando mais reservado e com menos peso, as músicas não perderam a intensidade e o poder de emocionar o ouvinte.

O palco da turnê 'Ventura' Em 2004 a banda se dedicou aos shows, percorrendo vários estados do país. No segundo semestre será lançado um DVD ao vivo marcando definitivamente a turnê de Ventura na história da banda, e já no fim do ano o foco será a preparação do quarto álbum, desde já muito esperado pelos fãs.

Biografia banda Raimundos

Olá pessoal,vejam abaixo a biografia da banda Raimundos

A história da banda começa em Brasília mais ou menos em 1987. Nesta época, os vizinhos Rodolfo (voz e guitarra) e Digão (bateria) passaram a se reunir para jogar conversa fora e tocar as músicas de seu grupo favorito - os Ramones. "O nosso amplificador era tão ruim que ficava igual" lembra-se Rodolfo. Digão era influenciado por um som pessado e meio hardcore, principalmente pelo o grupo Dead Kennedys. "Bedtime For Democracy" sendo o seu album favorito. Mas que banda de rock nao tem um baixista?!?!? 

Rodolfo decidiu chamar Henrique Canisso (atual baixista da banda) para tocar com eles. Os dois achavam que ele iria dar um bom visual para banda. Com a entrada de Canisso na banda, o 
negócio começou a ficar um pouco mais sério e as primeiras composições começaram a surgir. A coisa continuou assim, aos "trancos", por cerca de três anos. 

Foi no reveillon de '88, na casa do amigo Gabriel (atual vocalista e guitarrista da banda Little Quail) que os Raimundos tiveram a chance de tocar pela primeira vez, em frente de um pequeno publico. O Fred (atual baterista da banda) era umas das pessoas na plateia que assistia aquele show "arretado". "Eu lembro que eles tocaram covers de bandas que eu gostava muito naquela época, além de músicas próprias com letras interessantes" diz Fred no video da Cesta Básica. "Já era 'forró-core' na época. A gente tocava uma música nossa, uma do Zenilton (o forrozeiro pernambucano favorito deles) e um monte dos Ramones" diz Rodolfo. O som nordestino, mais presente no primeiro disco dos Raimundos, é algo muito antigo. <Figura>"Minha família é da Paraíba, e eu me lembro que desde os dez anos, eu sempre ia naqueles churrascos com os meus pais. Tocava forró o tempo inteiro, e eu achava aquilo um saco. Só gostava das músicas do Zenilton, por causa das letras sacanas, achava aquilo muito fera", explica Rodolfo numa entrevista da Showbizz. "O pai do Rodolfo usava um disco do Zenilton para abanar o churrasco", explica Canisso. "Foi apartir das músicas dele que a gente começou a fazer essas misturas. A próxima atuação da banda foi sua divulgação - faziam shows em pequenos bares em Brasília, e também tocavam em festas. "Existia um estigma em Brasília, sempre que tinha uma festa e os Raimundos iam tocar, a festa lotava" explica Fred. As coisas ficaram assim, meio incerta, por dois anos - até a separação. Em 1990 quando as coisas estavam engrenando, eles resolveram parar por um tempo. Cada um foi cuidar da sua vida. Canisso foi estudar Direito (Universidade de Brasília) e virou pai (Mike e Laura), Digão resolveu abandonar as baquetas (devido a problemas auditivos - estava ficando surdo) e se dedicar à guitarra, deixando Rodolfo livre para ser o vocal em uma banda chamada 'Royal Straight Flesh'. Foram todos procurar 
empregos. "A separação nos fez bem. Todos crescemos muito e chegamos à conclusão de que queríamos ser músicos mesmo", afirma Digão. "Foi ficando uma merda tão grande que a gente não aguentou e parou", diz Rodolfo. Nessa epóca, (1989/90) o lance em Brasília era heavy metal. Eles tentaram chegar nesse potêncial, mas não conseguiram. 


Em '92 surgiu um convite para tocar em um bar de Goiânia e todos gostaram muito da idéia. Porém, como a banda não tinha mais baterista (Digão agora era guitarrista , deixando Rodolfo livre para os vocais). Nas baquetas, uma bateria eletrônica. Fazer shows com aquilo não era tão fácil. "Arrumaram um show pra gente em Goiânia. Levamos tudo preparado na eletrônica, pois a mesma batida dava pra todas as músicas dos Ramones. Só que por um problema de impedância , o negócio tocou tudo diferente", explica Canisso. 

Um pouco depois de tudo isso (ainda em '92), Fred (atual baterista da banda e fã na época) foi chamado para ser parte da banda. "O Fred entrou na banda e logo se adaptou. Tirou todas as músicas na bateria, começamos a fazer shows, no ano seguinte já gravamos a demo, e estamos nessa correria até hoje", conta Rodolfo. A fita demo do grupo gravada em 1993, levou o mesmo nome da banda, e continha quatro músicas: "Nêga Jurema", "Marujo", "Palhas do Coqueiro" e "Sanidade" - esta inédita em álbuns até hoje. E como qualquer banda, eles começaram a ser divulgados. 

<Figura>Uma dessas fitas demo, foi parar nas mãos dos Titãs que acabaram convidando os Raimundos para abrir alguns shows no Rio de Janeiro. Com isso, fãs e a atenção das grandes gravadoras começaram a aparecer e cada vez aumentando. Os Raimundos chegaram a abrir shows para o Camisa de Vênus (que sempre foi uma grande influência para a banda) e Ratos de Porão no Circo Voador. O número de fãs foi aumentando rapidamente. Foi no festival Junta Tribo, realizado pelo fanzine Broken Strings na Unicamp (universidade de Campinas) que a banda começou realmente a chamar atenção. Durante três dias, cinco mil pessoas e dezessete bandas independentes se reuniram para gastarem todas suas energias. "O engraçado é que eu mesmo liguei pedindo pra gente tocar", conta Fred. "Nosso nome não estava nem no cartaz" . Apartir desse show, um muito sagrado para a banda, pessoas do Brasil enteiro ficaram encantado com esse novo som safado! Só quando os Titãs tiveram a abençoada idéia de criar seu própio selo, o Banguela, é que os Raimundos "cederam". Outras gravadoras também tinham feito várias ofertas, mas a maioria exigia que a banda "diminuisse" a intensidade do som e "suavizasse" as letras. nada que agradasse eles. "Várias delas nos procuraram querendo mexer no nosso som , censurar as letras e diminuir a intensidade . Podíamos estar agora cheios da grana e infelizes , mas preferimos recusar as propostas". O jornalista e radialista brasiliense Carlos Marcelo, tendo uma cópia da fita demo em mãos, entrou em contato com um amigo jornalista da revista musical Bizz , ninguém menos que o Carlos Eduardo Miranda,que conta: "eu escutei aquela fita e já entrei em contato com os caras , falei pro Fred vir para São Paulo , que a gente precisava conversar, pois já existia alguns planos sobre o selo Banguela , mas nada estava certo ainda. Então a gente se encontrou, já ficamos amigos". Foi assim, após um acidente com Fred (ele se jogou do palco no último show com os Titãs e abriu um racho gigantesco na cabeça) que a banda finalmente começou a gravar seu primeiro disco. A partir daí a banda passa a morar em São Paulo, já que nenhuma gravadora teria condições de ficar bancando as viagens para Brasília. No início eles ficaram hospedados na casa do Carlos Eduardo Miranda, onde tiveram que dormir no chão. Mas não por muito tempo. 

O disco de estréia, lançado em Maio 1994, com o titulo "Raimundos", foi gravado no estúdio Be Bop em São Paulo e produzido por Carlos Eduardo Miranda (o diretor artístico do selo Banguela). Esse primeiro disco trazia o som que se transformaria em marca registrada do grupo: o "forrócore". Rock pessado, quase hardcore, agregado a ritimos nordestinos como forró e baião, servia de pano de fundo para letras bem humoradas, com muito sexo e escatologia. O álbum Raimundos trazia músicas como Puteiro em João Pessoa sobre a iniciação sexual de um menino com uma prostituta, Minha Cunhada e Bicharada. Mas o hit do disco, já em 1995, foi Selim , uma música que lembrava o som de outro grupo de sucesso da época, os Mamonas Assassinas. Os Raimundos repudiaram o sucesso de Selim, a faixa mais leve do disco. "No começo, pensamos que nossa música não era tocada nas rádios por causa dos palavrões", diria Canisso. "Ai veio Selim, que é a música mais nojenta do mundo e, porque é brega, todo mundo toca." O hit puxou as vendagens do álbum, que chegou a mais de 250 mil cópias vendidas. Raimundos foram os primeiros a conseguir vender tantas cópias no selo independente Banguela em poucas semanas (foram 120 mil) Na imprensa, os Raimundos se defendiam dos que reclamavam das letras explícitas: "Muitos grupos chulos usam palavrão para ofender", diria Canisso. "Para nós, eles entram porque fazem parte da história." Também rejeitaram as comparações com os Mamonas Assassinas. "Eles fazem do trabalho uma grande piada", diria Digão. "Nós apenas escrevemos algumas canções com bom humor". E não demorou muito para conseguir o primeiro lugar nas FMs. As letras irreverentes como "Selim" e "Puteiro em João Pessoa" (as mais tocadas), enfrentaram problemas com a censura. Na cidade de Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, certas palavras chegaram a ser proibidas de ser executadas e eram subistituidas por um "bip". Em 1992, no primeiro ano em que a banda saiu em busca de sucesso, rodaram mais de 30 mil quilômetros pelo Brasil e chegaram a realizar cerca de 60 shows, em apenas sete meses. Foi com a música "Nega Jurema" que surgiu o primeiro video clip, direcionado por Eduardo Bellmonte. Apesar do clip esta meio tosco, devido a pedidos do público, o clip participou da escolha da audiência na MTV, para representar o Brasil nos Estados Unidos. Infelizmente, perdeu para o Sepultura, com o clip de "Territory" (Em '97, no MTV Music Video Awards, os Raimundos perderam de novo para o Selputura na categoria de melhor clip de Rock). O resto do ano foi basicamente muita correria: teve o M2000 festival (um show bem importante para banda), Philips Monsters of Rock realizado em São Paoulo, a banda participou da turnê Acid Chaos (bandas como Sepultura e Ramones) etc...(a lista seria bem grande se eu listase tudo que eles fizeram em '94) 

A popularidade da banda cresceu com o lançamento do segundo disco Lavô Tá Novo, pela Warner, em Novembro de 1995. O album é produzido pelo o americano Mark Dearnley, que já trabalhou com grandes nomes do heavy metal e do hard rock como AC/DC, Black Sabbath e Def Leppard. . As letras são de baixo calão, populares e com um som pesado para adolescente nenhum botar defeito. A exemplo dos Mamonas Assassinas, que vieram na trilha aberta pelo o primeiro CD dos Raimundos, o grupo tira inspiração para seus "poemas" de temas brasileiros, como uma versão thrash para o clásico popular "Esporei na Manivela" que contém humor de vestiário de adolescentes. 

Havia, porém, uma diferença. O som da banda estava mais pesado, com menos destaques para os ritimos nordestinos. "Sempre nos concideramos uma banda de rock", diria Fred, comentando o trabalho. "A maioria das pessoas que curtem a gente gosta de música pessada", completa Rodolfo. Guitarras distorcidas davam o tom em Pintando no Kombão, Esporrei na Manivela e Eu Quero Ver o Oco. Mesmo assim, o maior sucesso em rádio seria uma música mais lenta: I Saw You Saying. O pesso ficaria mais presente em duas apresentações em 1996. Chegaram a estar na capa da revista Bizz (atualmente Showbizz) ganhando o "Prêmio Bizz 94" (confira a reportagem na pagina de entrevista), participa do Primeiro Video Music Awards Brasil (confira a colocação na pagina de MTV Awards), participa de seu primeiro Estúdio ao Vivo na rádio Transamérica etc... Segundo Digão, o som do segundo disco continuava o mesmo: "A gente tomou um banho, colocou um perfuminho, escovou os dentes, mas o cheiro continua idêntico." 

Em janeiro de '96, eles tocaram no Hollywood Rock, na mesma noite de Urge Overkill e Jimmy Page & Robert Plant. Em março de '96, os Raimundos tiveram a oportunidade de ir tocar em Granada, num festival chamado Esparrago, um dos mais tradicionais festivais alternativos da Espanha. Eram cinco dias, sendo que mais importante era um showcase para a imprensa em Madri e o festival Esparrago; e é claro, umas meia dúzias de entrevistinhas. Foram três dias de shows. Os Raimundos também chegaram a se apresentar no programa "Xuxa Hits" da rede Globo. Começaram com I Saw You Saying e chegaram a tocar até Ilariê. Mas a consagração mesmo veio na terceira edição do Monsters of Rock, em agosto (confire a pagina de links para mais informação). "No show do Hollywood Rock, a moçada era menininhas, surfistas, playboys", diria Rodolfo. "No Monsters, a galera era animal." O público do Monsters of Rock catou de ponta a ponta todas as músicas dos Raimundos, a única banda brasileira no festival, que reuniu 40 mil pessoas no Pacaembú. O evento teria ainda a precença de Iron Maiden e Motorhead, entre outros. No mesmo ano, participam de vários programas na MTV, vestivais, apresentações, etc... (confire a página de curiosidades) 

Depois de vender mais de 250 mil cópias de Lavó Tá Novo, os Raimundos lançam Cesta Básica, gravado pela Warner(o segundo pela mesma gravadora), um EP de vinte nove minutos de ótimo som com músicas inéditas como "A Sua", "Papeau Nury Doe", e "Infeliz Natal", composta há quase dez anos, quando o guitarrista Digão fazia parte da banda punk Filhos de Menguele, faixas ao vivo de Be-A-Bá, Palhas do Coqueiro, Cajueiro/Rio das Pedras e Esporrei na Manivela, remixes de Puteiro em Jão Pessoa e alguns covers muinto especiais. Entre eles, Merry Christmas(Ramones) e Bodies(Sex Pistols). Todas as duas foram músicas escolhida pela a banda porque sam músicas que eles gostam. Ia também ter How Will I Laugh Tomorrow, da banda Suicidal Tendencies, mas Rodolfo esplica que quando tentaram tocar ficou uma merda. Os fans poden comprar o album separadamente, ou então como parte de um pacote apenas os primeiros oito mil CDs fabricados fazem parte de uma edição limitada em formato de caixa que inclui ainda um video com bastidores de 48 minutos idealizado, filmado e editado por Canisso, clipes e cenas de shows, e uma safada revistinha chamada Puteiro em João Pessoa, criado pelo cartunista Angeli. <Figura> Era só questão de tempo para que os membros da banda, Rodolfo, Digão, Canisso e Fred, virassem personagens de revista em quadrinhos. Angeli, fã e ao mesmo tempo, ídolo da banda, transformou a garotada em personagen en quadrinhos. Angeli, famoso pela extinta revista "Chiclete Com Banana" e o pai de personagens hilariantes como Bob Cuspe, Rê- Barbosa e Os Escrotinhos. Rodolfo, como o adolecente virgem, está impagável. Segundo Fred, o conjunto completo servia como uma apresentação para novos fãs: "Queríamos reunir todo o material dos Raimundos em um só pacote. Cesta Básica é para aquele público que começou a gostar do grupo depois do segundo disco". 


Os Raimundos ficaram desde maio ate agosto de '97 em Los Angeles gravando e mixando o terceiro disco chamado "Lapadas do Povo". "Cesta Básica" (CD lançado no final do ano passado) não é um dico de crreira - explica o baterista Fred. Fred também explica a origem da foto que ilustra a capa de "Lapadas do Povo", com o reflexo de uma vam na traseira de um caminhão inflamável. - Esse é um disco explosivo (fala com risos). A foto foi tirada daquela van numa auto-estrada californiana por um rodie da gente. As três placas do tal caminhao se referem as datas do ínicio e fim das gravacões do trabalho - 01/06 e 04/08. A banda armou sua barraca sob o sol Californiano durante dois meses. Esse disco estava nas lojas no dia 23 de outubro. A produção desse disco foi novamente com o produtor yankee Mark Dearnley, o mesmo de "Lavô Tá Novo". Desta vez no estúdio Sound City, onde se pode encontrar bandas como Nirvana, Rage Against The Machine, Red Hot Chili Peppers e vários outros incluindo os Raimundos. O material do novo projeto é mais pessado, com mais arranjos e menos palavras de duplo sentido. O grupo voou para Los Angeles com apenas quatro das 13 composições do CD - alêm de uma faixa bônus - finalizadas. O novo disco trará letras repletas de bem sacados jogos de palavras como "Andar na Pedra", "Nariz de Doze" e "Ui, Ui, Ui". Tambem de novidade, a canção "Baile Funk" alfineta aspectos da distorção social. "É na igreja que o povo esvazia as bolsas/ A justiça não me olha porque é cega/ Eu falei que o ladrão que rouba mesmo é bem vestido e eu vi de monte" é um trecho das letras de Rodolfo. Os rapazes fizeram até uma canção para o baxista Canisso, 32 aninhos. Que amizade! Por sugestão do Mark Dearnely, eles gravaram "Oliver's army" (Elvis Costello) e ainda pegaram uma antiga versão de "Ramona", dos Ramones, batizada da "Pequena Raimunda". Desta vez, muito das letras foram compostas por Digão e Rodolfo. Todos estão loucos para voltar a fazer shows.


Biografia da banda O Rappa

Olá pessoal,vejam abaixo a biografia da banda O Rappa:

Biografia o RAPPA
O grito "olha o rapa!" significa ruas vazias e gente correndo. Nem poderia ser diferente. Na gíria popular, rapa é o caçador de camelôs, o inimigo número um da economia informal. Porém, uma pequena variação desse sinal de alerta, já quer dizer pistas cheias de gente. Com um "p" a mais e usando as calçadas como fonte de inspiração, O Rappa faz apenas contrabando de idéias. 

O esboço da banda surgiu quando Nelson Meirelles (1º baixista) se viu acompanhando o cantor Papa Winnie, em uma série de shows no Brasil, ao lado de Marcelo Lobato, Alexandre Meneses e Marcelo Yuca, uma banda formada às pressas apenas para acompanhar os jamaicanos. Currículo não faltava aos integrantes. Nelson foi produtor do 
Cidade Negra e de programas de rádios alternativas do Rio; Lobato tinha feito parte da ótima banda "África Gumbe"; Alexandre tocou com grupos africanos na noite de Paris; e Yuca fez parte do grupo de reggae da Baixada Fluminense, KMD-5. Animados com o resultado das apresentações, os quatro resolveram continuar juntos. Faltava, contudo, uma voz. Um anúncio colocado no "Rio Fanzine" (caderno de música do Jornal O Globo) resolveu o problema. Último de uma extensa lista de candidatos, Marcelo Falcão ganhou a vaga com nota 10 em técnica e emoção. Nascia, então "O Rappa". 

Disposto a mexer em várias mercadorias do barulho — roots, dub, raggae, rap, samba... E os shows não paravam; a cada apresentação, novos fãs. Os passos seguintes foram a contratação pela Warner Music, a gravação do 1º CD e sua mixagem em Londres, a cargo do baixista e maestro Dennis Bovell, parceiro inseparável do poeta dub Linton Kwest Johnson. E assim O RAPPA chegou as lojas em 1994. 

O 2º disco do grupo veio com todos os ingredientes necessários para, finalmente, colocar a banda na lista das mais tocadas e vendidas do país. Produzido pelo "mestre" Liminha com a participação de Wellington Soares na percussão e dos DJs Zé Gonçalves, Rodrigues, Paulo Futura e mudando de baixista (sai Nelson Meirelles e entra Lauro Farias) o álbum veio recheado de letras ácidas e muito suíngue. 

Para compor o repertório, além das canções próprias, foi resgatada a música Vapor Barato (de Wally Salomão e Jards Macalé), gravada originalmente por 
Gal Costa em 1971, no auge do Tropicalismo e Ile Ayê, de Paulinho Camafeu, conhecida na voz de Gilberto Gil. Foi feita também uma versão arrasadora do clássico Hey Joe, de Jimi Hendrix. As faixas Miséria S.A., inédita do compositor carioca Pedro Luís, Pescador de Ilusões, A Feira, Tumulto e O Homem Bomba não saíram da boca da galera. RAPPA-MUNDI chegou as lojas em 1996 e tocou por 3 anos nas rádios. 

Duas faces de uma mesma realidade; dois mundos distintos e correlatos. O 3º álbum de O Rappa escancara ainda mais as diferenças políticas e sociais, deixando evidente a maturidade do grupo carioca. 

Passaram-se 3 anos desde RAPPA-MUNDI (que vendeu 300 mil cópias), e logo no primeiro single deste novo trabalho, fica fácil entender o que O Rappa andou fazendo neste intervalo: gritou as diferenças absurdas e buscou suavizar a vida de quem tem pouca esperança em um futuro melhor. A letra de Minha Alma (a paz que eu não quero) é clara: "Paz sem voz / Não é paz, é medo". 

Das músicas à atuação junto ao grupo 
AfroReggae, de Vigário Geral (RJ), surgiu a idéia para o projeto "Na Palma da Mão" – Campanha de Incentivo aos Jovens de todo o Brasil. A iniciativa d'O Rappa conta com o apoio de uma das mais conceituadas ONGs brasileiras, FASE (Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional) e seu Setor de Análise e Assessoria e Projetos (SAAP). No encarte do CD e nos folders distribuídos pelos shows banda pede a participação dos fãs e doações na c/c da Campanha. Os fundos arrecadados foram repassados a projetos ligados a jovens carentes, com programas educacionais, da alfabetização à conquista dos direitos individuais. 

Das 12 faixas do disco, apenas Se Não Avisar o Bicho Pega (Jorge Carioca, Marcinho e Marquinhos PQD) não leva assinatura d' O Rappa. Chico Neves acompanhou a banda durante os 4 meses de gravações no Rio e mixagem na Inglaterra. Produziu quase tudo, exceto as faixas LadoB LadoA e Na Palma da Mão, sob a responsabilidade do produtor norte-americano Bill Laswell (
Bob Marley e Peter Gabriel) que encerrou o álbum com um solo dub de baixo. 

Atitude não é algo que se fabrica. O artista pode algumas vezes apelar para estratégias de marketing - um roqueiro pode tocar com a guitarra nos joelhos e simular a rebeldia que se espera dele, assim como um rapper pode inventar polêmicas e posar de gangster mal-encarado. Mas a postura sincera, aquela que transparece e cativa o público, essa não há publicitário que consiga reproduzir. E essa é uma virtude que sempre caracterizou O Rappa, desde sua estréia no mercado fonográfico. 

Segundo a crítica do Jornal O Globo (agosto/2001) "O Rappa é daquelas bandas que, sejam num muquifo ou numa grande casa de shows, sempre fez apresentações envolventes e memoráveis, com a mesma energia e sintonia com a platéia. Por isso um disco ao vivo da banda era mais do que esperado, já que os shows reverberam por dias em nossa cabeça. Esse CD é tudo que se espera dO Rappa em cima de um palco. Da primeira a última música ele envolve e nos faz cantar junto, refletir com as letras (desde 
que não aparecia uma banda tão sintonizada com os corações e as mentes dos brasileiros) e realmente dá show! O grande mérito do disco foi não retocar nada. E nem poderia. O que está no CD é realmente o que acontece. Quem nunca teve chance de ver o grupo em cena não vai perder nada com o disco, a não ser as imagens do carismático vocalista Falcão. Como se não bastasse apenas a apresentacão dos clássicos, o disco traz bonus de cinco faixas inéditas realizadas em diferentes ocasiões. Tem marchinha de carnaval gravada para um especial da MTV Fica Doido Varrido de Benedito Lacerda e Frazão, até as atuais Ninguém Regula a América (com participação de Sepultura), Milagre registrada durante um ensaio e as duas resultantes do encontro com a banda inglesa Asian Dub Foundation, Instinto Coletivo e R.A.M " 

Segundo o Jornal do Brasil "...a entidade samba-funk-dub-drum 'n 'bass conhecida como O Rappa interrompe sua sensacional linha evolutiva, mas dá ao público a oportunidade de relembrar o que são os seus shows - dos melhores da música brasileira nos últimos anos, por sinal". 

o silêncio q precede o esporro 

O Rappa volta a dizer ao que veio, com seus sons superpostos, tessituras eletrônicas, marcação pesada e letras de quem fala a língua da comunidade. Visitando praias imprevistas como a bossa nova e o samba ou acrescentando violinos, cellos e violas a seus arranjos, O SILENCIO Q PRECEDE O ESPORRO é um cd no stop, onde uma faixa leva a uma vinheta, a uma rica tessitura musical, marca registrada da banda na estrada há dez anos. O Rappa mantém sua marca d'água impressa a ferro e fogo na alma da juventude brasileira, pela sua pegada a todo vapor, pelo seu reggae hardcore de alta voltagem. 

Em "O silêncio q precede o esporro", O Rappa já sai batendo pesado com Reza Vela uma música com muitas texturas sonoras para falar da religiosidade e do brinquedo, da reza e do balão. O que surge dessa alquimia é um São Jorge a jato, turbinado, com potência de mil dragões. O Salto é uma canção quase bíblica, onde o tom épico é realçado pelo arranjo de cordas para violinos celestiais que cruzam com sinais eletrônicos lisérgicos que faz você acreditar que a vida vai muito além da vã filosofia. "E regaram as flores do deserto / e regaram as flores com chuvas de insetos" diz o refrão profético. Ela ainda volta ao final do cd para ficar bailando para sempre nos arquivos da memória. Linha Vermelha é uma bossa nova made in Rio, século XXI. Falcão no violão, fala na vida como ela é hoje em dia em nossas ruas e avenidas, linhas vermelhas e amarelas, onde o tráfico manda e desmanda, mandando fechar e abrir as artérias da cidade ao bel prazer. Uma bossa novíssima onde "o barquinho" naufragou diante da exclusão social que cultiva a violência. Em Obvio, a preciosa presença da rapper argentina Malena D'Alessio, fazendo com O Rappa uma embolada inflamável, com a língua nos dentes. O que vai dar o que falar desse "silêncio" é o samba Maneiras onde O Rappa se encontra com o mestre da cadência da alma nacional, 
Zeca Pagodinho. Um samba legal a nos cobrir com carinho, mais um namoro do samba com a sensibilidade eletrônica da juventude, onde a magia do canto, das divisões, da malemolencia, se encontra com a urgência de um rapper. Bendito O Rappa e suas antenas para ir buscar na riquíssima música brasileira, sucessos imortais e dar-lhes uma injeção de vitalidade. Assim foi com Vapor Barato. Assim é com Deus lhe Pague. Essa obra prima da fina ironia de Chico Buarquecai como uma luva no repertório, com humor amargo, percepção trágica que só nos resta agradecer a Deus e sair de fininho. Mas a voz que vara o cd como uma gargalhada cheia de dentes é a de Waly Salomão, parceiro de vida, de toques, de ondas, de chinfra d' O Rappa de longa data. O poeta tinha um faro apurado para a sofisticação do povo, do que é gerado nos morros, nas periferias. Wally soube como outro poeta, Oswald de Andrade, que a língua brasileira é formada "pela contribuição milionária de todos os erros" e assim amou todas as gírias, todas as giras, e é amado com a alma inteira de quem as cria. 


O SILENCIO Q PRECEDE O ESPORRO é o grande caldeirão alquímico desse início de milênio onde o "bater cabeça" é muito mais que um jeito heavy metal de dançar. É também o sinal de respeito e a sintonia com o que tem valor por todos os séculos dos séculos. Amém!